domingo, 21 de março de 2010
Poor que as modelos são tão magras?
Cena 1: uma modelo brasileira em ascensão, 19 anos, chega à locação para ser fotografada para o editorial de moda de uma revista. Atrasa-se 40 minutos, tem olheiras profundas e o cabelo estragado. Dorme na mesa de maquiagem. Cena 2: na prova de roupa, a mesma modelo surpreende a stylist. As peças número 36 “flutuam” em seu corpo filiforme. Não há pregador que segure. Alguns looks têm que ser excluídos do editorial. Cena 3: pouco antes do clique final, a modelo – que não comeu absolutamente nada o dia inteiro, além de beber refrigerante – passa mal. Vai ao banheiro, vomita e volta pálida, quase desmaiando.
A história acima aconteceu no fim de 2009, em São Paulo, com uma das novas “promessas” da moda brasileira. Linda, alta e exótica, ela despontou há cerca de dois anos. Sempre foi magra, mas aparentava saúde e vestia tranquilamente um manequim 38. Depois de uma temporada fora do país, ressurgiu certamente com menos de 50 kg – para 1,78 m de altura. Os vincos em seu rosto eram tão profundos – e os braços tão finos – que o improvável aconteceu: no bureau de tratamento de imagem, ela teve que ser “engordada”.
Afinal, o que aconteceu com as modelos brasileiras? Na última temporada de moda, em janeiro, um importante debate, que andava adormecido, voltou à tona: elas estão magras demais? Ossos saltados nos quadris, ombros pontudos e pescoços de girafa chamaram a atenção dos fashionistas de plantão. Em alguns desfiles, o comentário passou a ser não as roupas, mas os “cabides” que desfilavam, tamanha a discrepância entre as garotas da passarela e as da vida real. O estilista Marcelo Sommer – que, não por acaso, escolheu amigos, e não modelos, para sua apresentação – também se impressionou. “Desta vez, elas estão ainda mais magras”, diz. “A magreza chegou a tal ponto que as meninas começaram a perder a elasticidade da pele e estão com a aparência de doentes. Não é bonito.” Sommer acredita que o mercado fashion sempre trabalhará com a magreza. “Isso é inquestionável. A moda funciona assim há 100 anos. Mas o mostruário-padrão sempre foi 38, e não 34. Esse extremo da nova década é um exagero.”
Na Neon, onde diversidade é uma palavra importante, as muito magras são vetadas. “Isso vai contra tudo em que acreditamos: ossos salientes, pele ruim... Acho que, quanto mais magras elas estiverem, mais invisíveis ficam. Por isso, estão sendo as preferidas agora”, diz Dudu Bertholini, que, ao lado de sua sócia, Rita Comparato, costuma escolher meninas não só mais curvilíneas mas também negras, orientais e modelos mais velhas. “A mulher da Neon tem personalidade. Fazemos como Yves Saint Laurent: somos fiéis às modelos e não temos problemas em desfilar com mulheres de 30, 40 anos.”
Fazee oq o mundoo gira em tornoo da magreza; sóo achoo supeer erradoo essas modeloos super magras, parecem um bando de "cabides" ambulantes! Beijooks.
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